foto Ricardo Prado
Jackson Costa lendo o poema Romaria
ROMARIA
Oh que caminho tão longe
Cheio de pedra e areia
Domínio popular
Oh que estrada mais comprida
Oh que légua tão tirana
H. Teixeira e Luiz Gonzaga
Dentro de mim, nas lonjuras,
bem dentro do meu juízo,
um romeiro caminhando
em busca do que preciso.
Oh que caminho tão longo
cheio de pedra e de areia,
tenho que firmar o passo
e romper essas cadeias.
Pergunto, em meu desatino,
aonde ir? Que lugar?
Por que a sina de cigarra
esparramando o cantar?
Certo, sou aquele que parte
numa eterna romaria,
faça sol ou faça chuva,
seja de noite ou de dia.
O caminho que percorro
não é o da Rosa dos Ventos,
pois ele surge do nada,
de acordo com o momento.
Oh que estrada mais comprida,
tanto azul, tanta poeira,
em que plaga do Universo
estará o meu Juazeiro?
Cada qual tem seu destino:
Pedro Vaqueiro tangia
gado pelo mundo afora;
seu Fortunato fazia
forno pra queimar tijolo;
Manezim Tetê, meu tio,
caçava tatu e onça
com o luzeiro dos pavios.
Lá me vou com minha cruz,
são poucos beiços de açude
e tantas léguas tiranas.
Maior e vária é esta sede
que vale cada passada
desta minha romaria.
Peregrino de mim mesmo
no meio da travessia.
JOSÉ INÁCIO VIEIRA DE MELO
Jackson Costa lendo o poema RomariaROMARIA
Oh que caminho tão longe
Cheio de pedra e areia
Domínio popular
Oh que estrada mais comprida
Oh que légua tão tirana
H. Teixeira e Luiz Gonzaga
Dentro de mim, nas lonjuras,
bem dentro do meu juízo,
um romeiro caminhando
em busca do que preciso.
Oh que caminho tão longo
cheio de pedra e de areia,
tenho que firmar o passo
e romper essas cadeias.
Pergunto, em meu desatino,
aonde ir? Que lugar?
Por que a sina de cigarra
esparramando o cantar?
Certo, sou aquele que parte
numa eterna romaria,
faça sol ou faça chuva,
seja de noite ou de dia.
O caminho que percorro
não é o da Rosa dos Ventos,
pois ele surge do nada,
de acordo com o momento.
Oh que estrada mais comprida,
tanto azul, tanta poeira,
em que plaga do Universo
estará o meu Juazeiro?
Cada qual tem seu destino:
Pedro Vaqueiro tangia
gado pelo mundo afora;
seu Fortunato fazia
forno pra queimar tijolo;
Manezim Tetê, meu tio,
caçava tatu e onça
com o luzeiro dos pavios.
Lá me vou com minha cruz,
são poucos beiços de açude
e tantas léguas tiranas.
Maior e vária é esta sede
que vale cada passada
desta minha romaria.
Peregrino de mim mesmo
no meio da travessia.
JOSÉ INÁCIO VIEIRA DE MELO
Um comentário:
Maravilha Inácio!
Sabe que tenho grande apreço pelos seus poemas, mas este poema é meu xodó.
De vez em quando recito-o nos lugares. Posso?
bjs
JEANE SÁNCHEZ
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