quarta-feira, 30 de novembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
FLICA - FESTA LITERÁRIA INTERNACIONAL DE CACHOEIRA - A POESIA BAIANA CONTEMPORÂNEA - REGISTROS
FLICA – Festa Literária Internacional de Cachoeira
Mesa redonda: A poesia baiana contemporânea
– Homenagem a Damário Dacruz
– Homenagem a Damário Dacruz
Debate com os poetas José Inácio Vieira de Melo,
João Vanderlei de Moraes Filho e Darlon Silva.
João Vanderlei de Moraes Filho e Darlon Silva.
Mediador: Lima Trindade
Data: 16 de outubro de 2011 - Cachoeira - Bahia
Convento do Carmo, local onde aconteceram as palestras (mesas temáticas) da FLICA
Darlon Silva, João Vanderlei de Moraes Filho, José Inácio Vieira de Melo e Lima Trindade
Darlon Silva e João Vanderlei de Moraes Filho
José Inácio Vieira de Melo e Lima Trindade
Darlon Silva, João Vanderlei de Moraes Filho, José Inácio Vieira de Melo e Lima Trindade
José Inácio Vieira de Melo lendo o poema "Cântico dos cânticos"
Darlon Silva, João Vanderlei de Moraes Filho, José Inácio Vieira de Melo e Lima Trindade
Darlon Silva, João Vanderlei de Moraes Filho e José Inácio Vieira de Melo
Darlon Silva, João Vanderlei de Moraes Filho, José Inácio Vieira de Melo e Lima Trindade. À frente, O professor Ubiratan Castro de Araújo, diretor-geral da Fundação Pedro Calmon/SecultBA, anunciando a criação do Prêmio Damário Dacruz de Poesia para premiar os melhores versos apresentados na segunda edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira – FLICA, em 2012.
Darlon Silva, João Vanderlei de Moraes Filho, José Inácio Vieira de Melo e Lima Trindade
A cidade de São Felix vista da cidade de Cachoeira e, entre elas, o mágico rio Paraguaçu
domingo, 27 de novembro de 2011
sábado, 26 de novembro de 2011
CHUVA DE SAUDADES
José Inácio Vieira de Melo
Eis que vem à tona o poemário de estreia de Martha Galrão. Mas por ser o primeiro caderno de poemas a ser publicado, não pense o leitor que está diante de uma poesia imatura. Martha escreve como quem passa batom nos lábios, com cuidado, delicadeza, para que não haja nenhum borrado na boca e para que o brilho seja impecável. Suas palavras de carmim ficam “doidas pra tecer mistérios”.
Talvez seja esse o leitmotiv de Martha: tecer mistérios a partir da singeleza do cotidiano, tirar encanto do áspero dia a dia. Penélope do século XXI, insiste na tessitura de sua colcha de versos até que surja, não se sabe de que recônditos do seu ser, a imensidão de um silêncio abrasador, que vem povoar, com seus fantasmas, a peça principal do seu enxoval de sonhos. E a poeta diz com as letras certas o que tem pra oferecer: “São lavores,/ meu amor,/ são bordados/ de muita delicadeza”.
Martha Galrão demonstra, em seus versos, ter um cuidado com as palavras, e revela como sente algumas delas: “Uma palavra tensa:/ tempo”, “Uma palavra firme: chão”, “uma palavra livre:/ beija-flor” “Cigarras são palavras femininas”. Martha tem palavras a dizer. E suas palavras se arrumam sempre em versos livres, o que não significa que não tenha consciência de ritmo nem que seus poemas sejam descuidados.
Um poema exemplar do seu artesanato é “O afogado mais formoso do mundo” que é todo trabalhado em rimas toantes. Seu ritmo é marcado ao final de cada estrofe por rimas que destacam o fonema “u”. Como se não bastasse, há ainda as rimas da primeira para a segunda estrofe, que aparecem com tal discrição que mal chegam a ser percebidas. O poema é concluído com uma quadra que obedece o esquema rimático ABAB. Há que se destacar a sonoridade do segundo e do terceiro versos da última estrofe provocada pela aliteração em “s”. O mais interessante, é que todo esse trabalho meticuloso é quase imperceptível, como acontece sempre nos grandes poemas. O que vem à baila mesmo é a simplicidade da poesia, que cria uma esfera de encanto e que conduz o leitor para o reino da beleza, mesmo que a temática trate da morte de alguém. Vejamos o poema na íntegra:
Você é o afogado
mais bonito do mundo
Retiro do seu rosto branco
os matos de sargaço
e os filamentos de medusa
Revelo a beleza
de suas sobrancelhas ruivas
incandescentes
rubras.
mais bonito do mundo
Retiro do seu rosto branco
os matos de sargaço
e os filamentos de medusa
Revelo a beleza
de suas sobrancelhas ruivas
incandescentes
rubras.
Com sua lira suave Martha Galrão vem se juntar ao time de poetas baianas que faz uma poesia que corteja a simplicidade, partindo do cotidiano e das relações afetivas para vislumbrar o mistério. Muitos são os pontos de convergência com as poetas grapiúnas Rita Santana (Tratado das veias, 2006) e Iolanda Costa (Amarelo por dentro, 2009), embora cada qual tenha a sua maneira própria de assentar o inefável no branco do papel. Há ainda um deslumbre pelo ínfimo e pela exuberância que lhe confere parentesco poético com o poeta pantaneiro Manoel de Barros.
Há outras referências. Algumas aparecem com mais nitidez, seja em epígrafe, como Carlos Drummond de Andrade, ou em intertexto, como a presença morena de Caetano Veloso. E vários são os textos que permitem fazer uma aproximação com Cecília Meireles, a exemplo do poema “Água” (como o poema não tem título, uso o primeiro verso para identificá-lo), que é de uma leveza tal que parece feito seguindo os passos do poema “Leveza” de Cecília. Ambos almejam a purificação, como se pretendessem se elevar ao ponto em que perdessem suas identidades e passassem a fazer parte da unidade com o Divino. Nos dois poemas, esse efeito se consegue através do uso da gradação ascendente. Enquanto Cecília exibe a leveza até evoluir para a invisibilidade, Martha purifica seus medos e suas quedas pela água até chegar ao completo alívio, quando será vapor. Vejamos os poemas de Cecília e de Martha:
Leve é o pássaro:
e a sua sombra voante,
mais leve.
E a cascata aérea
de sua garganta,
mais leve.
E o que se lembra, ouvindo-se
deslizar seu canto,
mais leve.
E o desejo rápido
desse mais antigo instante,
mais leve.
e a sua sombra voante,
mais leve.
E a cascata aérea
de sua garganta,
mais leve.
E o que se lembra, ouvindo-se
deslizar seu canto,
mais leve.
E o desejo rápido
desse mais antigo instante,
mais leve.
E a fuga invisível
do amargo passante,
mais leve.
do amargo passante,
mais leve.
(Leveza, Cecília Meireles)
Água
transforme minha dureza
em correnteza
Água
transforme minha queda
em cachoeira
Água
transforme meu medo
em corredeira
Água
me transforme em vapor
me alivie por inteira.
transforme minha dureza
em correnteza
Água
transforme minha queda
em cachoeira
Água
transforme meu medo
em corredeira
Água
me transforme em vapor
me alivie por inteira.
(Água, Martha Galrão)
A Chuva de Maria é fina, aquele sereno que molha e que desperta a vontade do aconchego. Uma chuva mansa que provoca uma saudade danada. Aliás, Martha tem uma estranha vocação à saudade. Saudade das coisas que viveu e, principalmente, das coisas que não viveu. Martha inventa coisas para poder sentir saudades. E mal termino a leitura de A Chuva de Maria, já sinto bem dentro do peito uma coisa apertando: saudades da poesia de Martha Galrão.
Prefácio do livro de poemas A chuva de Maria (Kalango, 2011).
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
V BIENAL DO LIVRO DE ALAGOAS - POESIA EM MOVIMENTO - REGISTROS
V Bienal Internacional do Livro de Alagoas
Mesa redonda: Poesia em movimento
Mesa redonda: Poesia em movimento
Debate com os poetas José Inácio Vieira de Melo, Lêdo Ivo e Ricardo Cabús.
Mediadora: Gal Monteiro
Data: 28 de outubro de 2011
José Inácio Vieira de Melo, Lêdo Ivo, Gal Monteiro e Ricardo Cabús
José Inácio Vieira de Melo, Lêdo Ivo, Gal Monteiro e Ricardo Cabús
José Inácio Vieira de Melo e Lêdo Ivo
José Inácio Vieira de Melo, Lêdo Ivo, Gal Monteiro e Ricardo Cabús
Chico de Assis, JIVM, Lêdo Ivo, Gal Monteiro e Ricardo Cabús
Chico de Assis, JIVM, Lêdo Ivo, Gal Monteiro e Ricardo Cabús
Chico de Assis recitando poemas de Jorge de Lima
Janaína Amado, José Inácio Vieira de Melo e Lêdo Ivo
Letícia Elena e José Inácio Vieira de Melo
JIVM, Gal Monteiro, Ricardo Cabús, Maria Luiza Russo, Lêdo Ivo, Chico de Assis e Laudicéa Euridice Ivo
Maria Luiza Russo, José Inácio Vieira de Melo e Aliane Ribeiro Moraes
José Inácio Vieira de Melo e Lêdo Ivo
terça-feira, 22 de novembro de 2011
JIVM - DEUSES
Ilustração: Daniel Biléu
DEUSES
Agora a minha namorada toca violão
na calçada dos meus quinze anos,
no tempo em que eu era um deus de cabelos encaracolados,
no tempo que eu carregava a espada da embriaguez
e comungava o cálice da imortalidade
com anjos alucinados – uns sandros, uns samuéis –
e comia o pão dos delírios e jogava futebol
cabeceando o planeta rumo à rede do infinito.
Eu já bebi o mel das estrelas, abelhas acesas no palco do sertão,
eu já subi a montanha milhares de vezes chutando essa bola de pedra,
eu sei que é assim, que é sempre assim, mas quando encontro teu olhar
as luzes se acendem e tudo isso passa a significar algo.
E como é bom esse momento que significa e amplia meus sentidos.
Ah, minha namorada, lança teu olhar sobre meus abismos!
JOSÉ INÁCIO VIEIRA DE MELO
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
PRAÇA DE CORDEL E POESIA - 10ª BIENAL DO LIVRO DA BAHIA - REGISTROS
José Inácio Vieira de Melo, Manuela Barreto, Clarissa Macedo e Vanny Araújo (28/10/2011)
José Inácio Vieira de Melo, Rita Santana, Edmar Vieira e Daniela Galdino (28/10/2011)
Walter Cesar e Douglas de Almeida (28/10/2011)
Georgio Rios e Ricardo Thadeu (29/10/2011)
Franklin Maxado (29/10/2011)
Sapiranga (29/10/ 2011)
Luis Antonio Cajazeira Ramos e Ruy Espinheira Filho (29/10/2011)
José Inácio Vieira de Melo, Emmanuel Mirdad, Fábricio de Queiroz Venâncio e Daniel Farias (30/10/2011)
José Inácio Vieira de Melo, Iolanda Costa, Elizeu Moreira Paranaguá e Martha Galrão (30/10/2011)
Plateia (30/10/2011)
Elizeu Moreira Paranaguá, Júlia e José Inácio Vieira de Melo (30/10/2011)
Babilak Bah e Antonio Barreto (30/10/2011)]
Bernardo Almeida, Moacir Eduão e Ronaldo Cagiano (31/10/2011)
Nívia Maria Vasconcellos, Lita Passos e Clotilde Ribeiro (31/10/2011)
Caio Rudá de Oliveira, Vânia Melo e Ricardo Vidal (01/11/2011)
Mayrant Gallo, José Inácio Vieira de Melo e Luis Serguilha (01/11/2011)
Sandro Ornellas, Adriano Eysen e Aleilton Fonseca (01/11/2011)
Marcus Vinicius Rodrigues, Claudina Ramirez e Carlos Barbosa (02/11/2011)
À frente: Claudina Ramirez e Paulo Sales.
Ao centro, no palco da Praça: Luiz Roberto Guedes e Luis Pimentel (02/11/2011)
Ao centro, no palco da Praça: Luiz Roberto Guedes e Luis Pimentel (02/11/2011)
Daniel Santana e Lane Quinto (02/11/2011)
Alexandre Coutinho, Priscila Fernandes e Darlon Silva (03/11/2011)
Ana Cecília Bastos, Goulart Gomes e Mônica Menezes (03/11/2011)
Alberto Lima e Sueli Valeriano (03/11/2011)
Tina Tude e Maviael Melo (03/11/2011)
José Inácio Vieira de Melo (04/11/2011)
Ivan de Almeida, Gildeone dos Santos Oliveira e André Guerra (04/11/2011)
Cleberton Santos, Vladimir Queiroz e João Vanderlei de Moraes Filho (04/11/2011)
Edson Oliveira, Karina Rabinovtiz e Érica Azevedo (05/11/2011)
Cleberton Santos (05/11/2011)
José Inácio Vieira de Melo e Mariana Ianelli (05/11/2011)
José Inácio Vieira de Melo e Mariana Ianelli (05/11/2011)
José Inácio Vieira de Melo e Mariana Ianelli (05/11/2011)
Adriano Eysen, Ivan de Almeida, Fabrícia Miranda, Cleberton Santos, Alberto Lima,
José Inácio Vieira de Melo, Mariana Ianelli, Ivan Maia, Clarissa Macedo e Vânia Melo.
Sentados: Douglas de Almeida, Tina Tude, Luis Serguilha e Bernardo Almeida (05/11/2011)
José Inácio Vieira de Melo, Mariana Ianelli, Ivan Maia, Clarissa Macedo e Vânia Melo.
Sentados: Douglas de Almeida, Tina Tude, Luis Serguilha e Bernardo Almeida (05/11/2011)
Fabrício Brandão, Vitor Nascimento Sá, Max Fonseca e José Inácio Vieira de Melo (06/11/2011)
José Inácio Vieira de Melo, Amadeu Alves e Fabrício Rios (06/11/2011)
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