segunda-feira, 30 de março de 2009

APRENDENDO COM ESTE MENINO A MONTAR CENTAUROS DE RELUZENTE POESIA

Alexandre Bonafim

"Meu cavalo e eu - Centauro do Sertão" - JIVM

O lirismo de José Inácio Vieira de Melo atinge-nos em nosso âmago, justamente por ser uma lírica atenta ao que o homem tem de mais fundo, mais intenso. Pungente, sem deixar de ser leve; existencial, sem abandonar a alegria viva, a poesia de José Inácio é bíblica, sacra, pois revela em nosso cotidiano um pergaminho de epifanias. Com efeito, há nesse lirismo, preciso e cortante, feito apenas de palavras necessárias, aquele vislumbrar em perpétuo encanto, tão característico das crianças e dos loucos. E é por comungar com esse olhar “auroral” da infância, dos delirantes, que a sua palavra desvela o mágico, o mítico, no chão batido do cotidiano. Há versos do poeta que são verdadeiro choque elétrico e nos cativa, emociona, com a precisão dos prestidigitadores; versos lapidares, nascidos já perfeitos, pois irrompem daquele “coração selvagem” joyciano, do inconsciente coletivo a nos desvelar no eterno mesmo, no velho a se renovar infinitamente, para sempre: “Para quem está no breu/ qualquer lampejo é alumbramento”, “Somente os olhos dizem/ o que as palavras sonham”, “a despedida é a véspera do encontro”, “os mitos vestem o meu nome”. Versos que já nascem como epígrafes da própria vida.
O encantamento da linguagem, a flamejante “alquimia do verbo” de Rimbaud, seduz-nos já no título do livro (e que título belo!) e em poemas dignos de serem antologiados entre os melhores feitos em nosso atual cenário literário. Esse é o caso do poema que recebe o mesmo título do livro:

Eu venho do caos primordial.
Percorri as searas da escuridão
(caminhos que não sei).

Desse tempo sem memória
nasce a consciência dos dias
(como não sei, invento).

Fantasma de barro,
preciso de um amálgama
e que teus olhos me afirmem.

Sou um centauro escarlate
e galopar na infância
é a minha metafísica.


Moisés e Gabriel - filhos de JIVM

Na poesia de Inácio o mítico desnuda a vida, abre possibilidades de existência capazes de dar um fundamento ontológico ao homem, esse mesmo homem, órfão, da pós-modernidade, massacrado pela tecnologia, pelas máquinas, pelo consumo. Nesse sentido, o mítico surge como fonte de existência, alimento de alma a nos humanizar, a nos trazer um gosto de sacralidade, de vivacidade. Por isso é bom lembrar as palavras de Gusdorf “o mito tem por função [...] justamente tornar possível a vida. É assim que ele dá um embasamento às sociedades humanas permitindo-lhes que durem.” Lembrando o sempre importante recado de Alfredo Bosi: poesia é resistência à reificação e, se assim é, a poesia de Inácio resiste aos nossos tempos de barbárie, permitindo a permanência da nossa sociedade. Poesia-esperança, poesia-louvor, poesia-vida, eis o que encontramos em A infância do Centauro. Eis o que encontramos nesse belíssimo poema, ponto alto de sua obra:

RIBEIRA DO TRAIPU

Ainda sinto o entardecer na Ribeira do Traipu,
ainda sinto a terra arada e fecundada pelos grãos de milho.
E, amanhã, quando chover, o verde fervilhará,
e sentirei o sabor das baixadas do Traipu
na espiga de milho assada na fogueira de São João,
na centelha azul da minha infância, na brasa dessa lembrança.

Na brasa da minha mão sinto a tarde queimando,
traduzindo mistérios em matizes rubros,
lá na Ribeira do Traipu, onde ficou aquele menino,
no meio do tempo, olhando pros quatro cantos,
sem entender nada, buscando voltar para onde não sabia.

Trago dentro o menino perdido nos beiços das estradas,
acocorado na beirada do Traipu, em época de enchente,
esperando um não sei quê passar, talvez um papagaio cego,
nos destroços do que foi uma mesa, a anunciar o caminho de casa.

Afirma Bahchelard “sempre sonhar será mais que viver”. É justamente por viver na nudez dos sonhos, por incendiá-los com o lume vivo da infância, que José Inácio nos brinda com a surpresa sempre nascente da poesia.


BACHELARD, Gaston. A poética do devaneio. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
GUSDORF, Georges. Mito e metafísica. São Paulo: Convívio, 1980.
MELO, José Inácio Vieira de. A infância do Centauro. São Paulo: Escrituras, 2007.


Alexandre Bonafim nasceu em Belo Horizonte. Atualmente mora em Franca, interior de São Paulo. É poeta, ensaísta e professor de literatura brasileira. Publicou os livros Biografia do deserto (2006) e A outra margem do tempo (2008).

quinta-feira, 26 de março de 2009

FLORISVALDO MATTOS - NÃO AOS CAVALOS TRIUNFANTES

Ilustração: Ângelo Roberto


NÃO AOS CAVALOS TRIUNFANTES
Aos meninos de My-Lai


Não me tragam esses cavalos.
Não, não me dêem nenhum deles.

Nem o de Alexandre Magno
que comeu os mitos do oriente.
Nem o cavalo de César
que riscou o chão da Gália
foi à Espanha e voltou
para acabar com Pompeu.

Nem o intrépido corcel de Aníbal
na derrota de Cartago.
Nem o fero potro de Átila
de patas excomungadas.
Não, nem mesmo Babieca,
o louco cavalo do Cid.

Nenhum daqueles valentes
fortes cavalos cruzados
cobertos de ferrarias:
grandes cavalos blindados
heróis da Idade Média
salvação da cristandade.
Nem o branco de Napoleão
empinado sobre os Alpes
suando revolução.

E outros cascos triunfantes
outras crinas memoráveis
cavalos como bandeiras
sejam árabes ou romanos
espanhóis ou americanos
não me dêem esses cavalos!

Para mim de nada servem
as ferraduras de sangue
que chagaram geografias.
Esse peitoral de bronze
dizimador de cidades
arrasador de sementes.

O fogo de suas narinas
pulou séculos e mapas
transformou povos em cinzas
e ainda queima os espaços.
Os relinchos são navalhas.

Não, já vos disse, não quero.
para mim de nada servem,
são cavalos militares
ensinados para a guerra.

Desde criança que amo
cavalos pelas campinas
sentindo o cheiro do pêlo
saltando pedras e cercas
(a disputa era com os ventos
Ao espelho de águas claras).

Quero esses, e somente esses,
cavalos da natureza,
livres de arreios e pulsos –
ruços, alazães, castanhos,
negros, melados ou pampos.


FLORISVALDO MATTOS

quarta-feira, 18 de março de 2009

PROJETO TRAVESSIA DAS PALAVRAS



O projeto Travessia das Palavras é uma iniciativa da Academia de Letras de Jequié (ALJ) e tem como base o encontro de um escritor baiano reconhecido com o público jequieense, com o intuito de proporcionar a aproximação da platéia com os autores e o conhecimento de suas obras.
Esses encontros acontecerão uma vez por mês. O escritor convidado falará de sua obra, de seu processo de criação e fará leituras de sua produção. O público poderá participar, fazendo perguntas. O projeto vai contar ainda com participações de grupos de recitais e de músicos locais.
Como já foi supracitado, O evento vai ser mensal, sempre no último sábado de cada mês, das 19h 30 min às 21h 30 min, na Casa de Cultura Pacífico Ribeiro, iniciando no dia 28 de março e se estendendo até o dia 28 de novembro, somando um total de oito apresentações.
Além, da leitura e recital de poemas, contos e trechos de romances por seus próprios autores e por grupos de recitais, o projeto visa formar um público leitor e ouvinte de literatura, aproximar o público do autor, apoiar e desenvolver a tradição da oralidade na poesia e contemplar e dar visibilidade aos escritores baianos contemporâneos e artistas locais.
Para a estréia do projeto Travessia das Palavras, foi convidado Florisvaldo Mattos, um dos mais significativos poetas brasileiros do século XX.
Formado em direito, Florisvaldo Mattos optou pelo jornalismo, atividade que exerce até o presente, como editor chefe do jornal A Tarde, o maior do Norte-Nordeste. Nos anos 60, integrou em Salvador o grupo da chamada Geração Mapa, liderado pelo cineasta Glauber Rocha.
Entre suas obras publicadas, estão Reverdor (1965); Fábula Civil (1975); A Caligrafia do Soluço & Poesia Anterior (1996); Mares Acontecidos (2000) e o livro de ensaios Travessia de Oásis – A Sensualidade na Poesia de Sosígenes Costa (2004), no qual analisa a trajetória poética do também baiano Sosígenes Costa (1901-1968) e até encontra aproximações entre a obra dele e a do poeta grego Konstantinos Kaváfis (1863-1933).
Além da presença do poeta Florisvaldo Mattos, o evento vai contar também com a participação especial do Grupo Concriz – poetas recitadores e afins, da cidade de Maracás, que vai recitar poemas do autor convidado. O Grupo Concriz, formado por 12 jovens, coordenados pelos poetas irmãos Marcelo Nascimento e Vitor Nascimento Sá, tem participado de vários eventos no estado da Bahia, e sua presença no projeto Uma Prosa Sobre Versos, em Maracás, é garantia de casa cheia, devido às suas performances arrebatadoras. Segundo o poeta Ruy Espinheira Filho: “na Bahia não existe nada semelhante”.
Travessia das Palavras é coordenado por Leonam Oliveira, escritor e presidente da Academia de Letras de Jequié, e por José Inácio Vieira de Melo, poeta, jornalista e produtor cultural. Conta com o apoio da Secretaria de Cultura e Turismo de Jequié.
A Casa de Cultura Pacífico Ribeiro fica na Rua Gerônimo Sodré, 61, no centro da cidade de Jequié, em frente do Tênis Clube de Jequié. A entrada é gratuita. Os estudantes que comparecerem receberão certificados.

Relação dos escritores convidados:

28 / 03 / 2009 – Florisvaldo Mattos
25/ 04 / 2009 – Kátia Borges
30 / 05 / 2009 – Carlos Ribeiro
25 / 07 / 2009 – Renata Belmonte
29 / 08 / 2009 – Antonio Brasileiro
26 / 09 / 2009 – Roberval Pereyr
24 / 10 / 2009 – Ruy Espinheira Filho
28 / 11 / 2009 – Aleilton Fonseca

Mais informações:
Leonam Oliveira - (73) 8833 3843 leonambahia@uol.com.br
José Inácio Vieira de Melo –(73) 8845 5399 jivmpoeta@gmail.com

sábado, 14 de março de 2009

VERÔNICA DE VATE - RUY ESPINHEIRA FILHO

RUY Alberto d'Assis ESPINHEIRA FILHO nasceu em Salvador, Bahia, no dia 12 de dezembro de 1942, filho de Ruy Alberto de Assis Espinheira, advogado, e Iracema D’Andréa Espinheira, de ascendência italiana. Passou a infância em Poções e a adolescência em Jequié, cidades do Sudoeste baiano. De volta a Salvador, em 1961, estudou no Colégio Central da Bahia e, levado pelo poeta Affonso Manta, que conhecia desde Poções, ingressou no grupo boêmio capitaneado por Carlos Anísio Melhor. Ainda nos anos 60, começou a publicar na revista Serial, criada por Antonio Brasileiro, e se iniciou no jornalismo — como cronista da Tribuna da Bahia (1969-1981), onde também trabalhou como copidesque e editor (1974-1980). Colaborou ainda com o Pasquim, como correspondente na Bahia (1976-1981), e foi contratado como cronista diário do Jornal da Bahia (1983-1993). Atualmente assina artigos quinzenas em A Tarde. Graduado em Jornalismo (1973), mestre em Ciências Sociais (1978) e doutor em Letras (1999) pela Universidade Federal da Bahia, UFBA, e doutor honoris causa pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB (1999), é professor associado do Departamento de Letras Vernáculas do Instituto de Letras da UFBA, membro da Academia de Letras de Jequié e da Academia de Letras da Bahia. Publicou 11 livros de poemas: Heléboro (1974), Julgado do Vento (1979), As Sombras Luminosas (1981 — Prêmio Nacional de Poesia Cruz e Sousa), Morte Secreta e Poesia Anterior (1984), A Guerra do Gato (infantil — 1987), A Canção de Beatriz e outros poemas (1990), Antologia Breve (1995), Antologia Poética (1996), Memória da Chuva (1996 — Prêmio Ribeiro Couto, da União Brasileira de Escritores), Livro de Sonetos (1998; 2. ed. revista, ampl. e il., 2000), Poesia Reunida e Inéditos (1998), A Cidade e os Sonhos (2003), Elegia de agosto e outros poemas (2005; em 2006 – Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras, Prêmio Jabuti – 2º lugar –, da Câmara Brasileira do Livro; Menção Especial do Prêmio Cassiano Ricardo, da UBE-RJ). Tem ainda publicados vários livros em prosa: Sob o Último Sol de Fevereiro (crônicas, 1975), O Vento no Tamarindeiro (contos, 1981); as novelas O Rei Artur Vai à Guerra (1987, finalista do Prêmio Nestlé), O Fantasma da Delegacia (1988), Os Quatro Mosqueteiros Eram Três (1989); os romances Ângelo Sobral Desce aos Infernos (1986 — Prêmio Rio de Literatura [2º lugar], 1985), Últimos Tempos Heróicos em Manacá da Serra (1991); Um Rio Corre na Lua (2007) e os ensaios O Nordeste e o Negro na Poesia de Jorge de Lima, dissertação de Mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia(1990), Tumulto de Amor e Outros Tumultos – Criação e Arte em Mário de Andrade, tese de Doutorado em Letras, também pela UFBA (2001), Forma e alumbramento — poética e poesia em Manuel Bandeira (2004). Lançou ainda o CD Poemas, gravado pelo próprio autor, com 48 textos extraídos de seus livros, além de alguns inéditos (2001). Contos e poemas seus foram incluídos em diversas antologias, no Brasil e no exterior (Portugal, Itália, França, Espanha e Estados Unidos).


EPÍGRAFE


Sonha que escreve;
escreve que sonha;
quando sonha, escreve;

quando escreve, sonha;
tudo é o mesmo sonho;
fala em sonho: escreve.

Escreve em papel;
escreve no chão
do quintal, nos pássaros;

escreve nas nuvens;
escreve na água,
nos risos, nas mágoas;

escreve na lua,
no sol, no horizonte,
nas pedras, nos ramos;

escreve nos muros;
na falta de rumos;
escreve no escuro,

no claro; desperto
ou dormindo, escreve;
e escreve no vento.

Tudo escreve, escreve;
tudo e sobre tudo
escreve, escreve; e

Depois ainda escreve
mais; escreve (e até
escreve que escreve)

para que a vida
seja um pouco menos
obscura e breve.


RUY ESPINHEIRA FILHO

sexta-feira, 13 de março de 2009

RUY ESPINHEIRA FILHO - EPIFANIA


EPIFANIA


Alguns anos não consigo
deixar nas águas do Lete:
os teus catorze morenos
e os meus magros dezessete.
Muitas coisas se afogaram,
e rostos, e pensamentos,
e sonhos, e até paixões
que eram imortais...
Porém,
os meus magros dezessete
e os teus catorze morenos
não entram nem em reflexo
nesse Rio do Esquecimento.

Que magia nos levou
a um espaço e a um momento
para que de nós soubéssemos:
tu, meus magros dezessete;
eu, teus catorze morenos?
Que astúcia do Imponderável
nos abriu aqueles dias
que permanecem tão claros
como quando nos surgiram?
Eu não sei. Mas sei que a vida
nunca mais me foi vazia.

Como não foi fácil, nunca,
por tanto me visitarem
os Arcanjos da Agonia.
Pois, se fui iluminado
por estarmos lado a lado
— os teus catorze morenos
e os meus magros dezessete —,
seria fatal que também
viesse a sentir a alma
em chagas multiplicadas
por setenta vezes sete.

Ah, os teus catorze morenos
e os meus magros dezessete!...
Quanto sofrimento fundo
— mas quanto sonho profundo
e alto!
Que belo mundo
foi-me então descortinado,
porquanto me era dado
o privilégio preclaro
de penar de amor no claro,
no escuro, em todas as cores,
em todos os tons da vida,
dia e noite, noite e dia,
varrido ao vento das asas
dos Arcanjos da Agonia
(que eram, por algum prodígio,
os mesmos da Alegria!...).

Ah, que por mim chorem flautas,
pianos, violoncelos,
as cachoeiras, os céus
comovidos dos invernos...
Chorem, chorem, que mereço
essas lágrimas, porque
tudo sofri no mais pleno
de paraísos e infernos.
Que chorem...
Mas eu, eu mesmo,
não choro... Como chorar,
se mereci essa dádiva
de um amor doer na vida
por setenta vezes sete
mais que qualquer outra dor,
mais que qualquer outro amor?
Só me cabe agradecer,
pois a vida perderia
(e, o que ainda é mais cruel,
sem nem saber que a perdia...)
se não provasse os enredos,
insônias, febres, venenos
que em meus magros dezessete
acendeu a epifania
dos teus catorze morenos!


RUY ESPINHEIRA FILHO

quinta-feira, 12 de março de 2009

PROJETO UMA PROSA SOBRE VERSOS 2009 - ANO II



Maracás, também conhecida como Cidade das Flores, que fica no sudoeste baiano, a 851 metros acima do nível do mar, é uma cidade fria e aconchegante, com uma população estimada em 30 mil habitantes. Pois bem, foi nesta cidade, colonizada por imigrantes italianos, que aconteceu no ano passado um dos projetos de poesia mais exitosos da Bahia: Uma Prosa Sobre Versos. A cada mês, comparecia ao Auditório Municipal de Maracás uma média de 600 pessoas para ouvir atentamente um poeta e conhecer a sua relação com a literatura.
O evento começava sempre com um recital do Grupo Concriz, coordenado pelo poeta e professor Vitor Nascimento Sá, que selecionava em torno de 40 poemas do convidado para serem recitados por 12 jovens da comunidade maracaense. Devido ao sucesso do Grupo Concriz, seus participantes passaram a ser celebrados na cidade e o interesse pela literatura na comunidade cresceu consideravelmente, sobretudo em relação à poesia.
Diante do sucesso do projeto, o poeta e professor Edmar Vieira, diretor de cultura de Maracás e coordenador de Uma Prosa Sobre Versos, resolveu fazer a segunda edição do evento. Para a estreia, no dia 14 de março, o projeto vai contar com a presença de Ruy Espinheira Filho, um dos poetas mais notórios do Brasil.
Para os meses seguintes, estão convidados os poetas Adriano Eysen, de Feira de Santana/Euclides da Cunha; Ângela Toledo, do Morro de São Paulo; Damário Dacruz, de Cachoeira; Carlos Barbosa de Ibotirama/Salvador; Eliana Mara Chiossi, de São Paulo/Salvador e Mayrant Gallo, de Salvador.
O projeto vai começar no dia 14 de março, aniversário do poeta Castro Alves e dia nacional da poesia. O convidado Ruy Espinheira Filho, é jornalista, mestre em Ciências Sociais e doutor em Letras. Publicou mais de vinte livros em diversos gêneros: poesia, romance, novela, conto, crônica, ensaio, literatura infantil e juvenil. Recebeu vários prêmios literários, dentre eles o Prêmio Nacional Cruz e Souza, de Santa Catarina (pelo livro de poemas As sombras luminosas, 1981) e o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras 2006 e o Prêmio Jabuti (pelo livro Elegia de agosto e outros poemas, 2004). Sua poesia tem sido incluída nas principais antologias brasileiras, contando ainda com traduções na França, na Itália, na Espanha e nos Estados Unidos, além de edições em Portugal e Galícia.
Os poetas convidados de 2008 foram Cleberton Santos, Elizeu Moreira Paranaguá, Lita Passos, Antonio Carlos de Oliveira Barreto, Roberval Pereyr, Rita Santana e José Inácio Vieira de Melo.
O Projeto Uma Prosa Sobre Versos vai ser realizado no Auditório Municipal de Maracás, começando sempre às 19h 30min, com entrada franca, sempre em uma sábado de cada mês.

Grupo Concriz

PROGRAMAÇÃO:

14/03/2009 – RUY ESPINHEIRA FILHO
11/04/2009 – ADRIANO EYSEN
09/05/2009 – ÂNGELA TOLEDO
06/06/2009 – DAMÁRIO DACRUZ
11/07/2009 – CARLOS BARBOSA
08/08/2009 – ELIANA MARA CHIOSSI
12/09/2009 – MAYRANT GALLO

Mais informações:
Edmar Vieira – (73) 3533 2080 – edmarvieira1@gmail.com
José Inácio Vieira de Melo – (73) 8845 5399 – jivmpoeta@gmail.com

quarta-feira, 4 de março de 2009

PROJETO PROSA E VERSO NAS VEREDAS DO SERTÃO



UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS

CAMPUS XXII - EUCLIDES DA CUNHA / BA


A quarta edição do projeto Prosa e verso nas veredas do sertão, organizado pelo poeta e professor Mestre Adriano Eysen, ocorrerá no Campus XXII da UNEB em Euclides da Cunha. Os participantes terão oportunidade de compartilhar experiências com escritores, pesquisadores da cultura e especialistas da história, crítica e teoria literárias, a fim de incentivar a pesquisa e a produção acadêmica, como também estreitar a relação entre autor e leitor.
Os encontros têm a duração de três horas e meia, repetindo-se em dois turnos: vespertino e noturno, das 14:00h às 17h:30min. e das 19:00h às 22h:30min., com intuito de atender ao curso de letras de uma forma ampla sem inviabilizar a participação dos alunos e professores.
Fotógrafo: Ricardo Prado

No dia 05 de março de 2009 (quinta-feira) contaremos com o poeta, jornalista e co-editor da Revista Iararana José Inácio Vieira de Melo, cujo tema da palestra é A Produção Literária na Bahia nos séculos XX e XXI.
Ainda no dia 05 de março, às 16h:30min. e às 21h:00min., ocorrerá o lançamento do livro A infância do Centauro (Escrituras – poesia – 2007) e do CD de poesia A Casa dos meus quarenta anos do palestrante. Dessa forma, o projeto tem o intuito de ampliar relações entre universidade e sociedade, uma vez que uma das suas metas é possibilitar a participação de todos os indivíduos da comunidade que têm interesse em alargar seu universo cultural. As inscrições, no valor de R$ 5,00, serão realizadas do dia 05/02/2009 a 04/03/2009 na sala do NUPE/Especialização - Campus XXII – Euclides da Cunha.

Mais informações:
Professor Adriano Eysen – e-mail: adrianolittera@hotmail.com
Colegiado de Letras – Campus XXII – Euclides da Cunha – Telefones: (75) 3271 – 2416 e 3271-3227.

terça-feira, 3 de março de 2009

I SEMINÁRIO DE LITERATURA E DIVERSIDADE CULTURAL - ESTAÇÃO DE MARÇO



UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

Departamento de Letras e Artes
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Diversidade Cultural – PpgLDC


I Seminário de Literatura e Diversidade Cultural - Estação de Março
Dia 4 de março - das 9 às 11h30 e das 14h às 16h30


9h - Conferência de Abertura:

Drummond: cidades e memória
Prof. Dr. Marcio Roberto Soares Dias (UESB)

Lançamento do livro do autor:
Da cidade ao mundo: notas sobre o lirismo urbano de Carlos Drummond de Andrade


10h - Mesa de comunicações de egressos e mestrandos do PPGLDC:

Reynaldo Valinho Alvarez: duas faces do lirismo metapoemático.
Cleberton Santos (UEFS)

O discurso urbano de Izacyl Guimarães Ferreira, o amante apologético da civilização
José Inácio Vieira de Melo (PPGLDC)

Ferreira Gullar: sociedade e criação poética
Wesley Barbosa Correia (IF/BA)

Inutilia Truncat: Uma leitura do conto Civilização de Eça de Queiroz
Alana de Oliveira Freitas El Fahl (UEFS)

Num piscar de olhos: absurdo e fragmentação em Insônia e Estorvo.
Mírian Sumica Carneiro Reis (PPGLDC)


14h - Conferência:
Jorge Amado e a cidade da Bahia
Prof. Dr. Benedito Veiga (UEFS)


15h - Mesa de comunicações de egressos e mestrandos do PPGLDC

Carnaval e literatura
Valdomiro Santana (PPGLDC)

O fim da ordem clássica e o nascimento da modernidade
Idmar Boaventura (UEFS)

Essa Terra: um livro de desencontro
Antônio Gabriel Evangelista de Souza (UEFS)

Embriaguez e desarranjo: uma febre de modernidade em O bicho que chegou à Feira
Isis Moraes (PPGLDC)

A dimensão corresivo do outro em Clarice Lispector e Marrie Darrieusseqc".
Vera Márcia Lopes (PPGLDC)


Local: Sala de Eventos
Prédio da Pós-Graduação em Educação, Letras e Artes (Módulo 2)