foto Ricardo Prado
Antonio Calloni lendo o poema Grão de areia, de José Inácio Vieira de Melo
GRÃO DE AREIA
Para Carlos Moisés Soglia de Melo
Meu filho, vês aquele grão de areia?
É o teu pai nascendo para os mistérios.
E o que está agora a compor teus pensamentos
é a poeira cósmica dos intergalácticos sertões
pelos quais percorreu o grão de areia
até chegar aqui e nascer para este mundo.
Meu filho, aquele gigante que nos espreita?
É a sombra do grão de areia de onde vieste,
é o grito de teu pai mirando o Cosmo
e te invocando para o sacrifício da vida.
Meu filho, aquele seixo é o teu começo.
Tu o conduzirás às alturas das tuas possibilidades
em um sonho de aventuras e esperanças
que quando finda começa, e é assim mesmo.
JOSÉ INÁCIO VIEIRA DE MELO
Um comentário:
É o que somos: Um grão de areia... Mas o amor faz com que cresçamos tanto... Seu poema é uma prova disso.
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