V O Z E S
dizia que ouvia umas vozes provindas das coisas
que todas as coisas estavam povoadas
que as coisas habitavam os corpos
que quando uma pessoa saía a coisa
ficava gemendo a ausência como um cão
que não pode viver sem a ternura do seu dono
VERA LÚCIA DE OLIVEIRA
Um comentário:
Que poema bonito e esquisito. Muito boa essa poeta. Confesso que não tinha ouvido falar dela até então. Gostei mesmo.
Fátima Nunes
Postar um comentário