
Publicou os seguintes livros: A porta range no fim do corredor (poesia), São Paulo, 1983 (Prêmio de Poesia Scortecci, São Paulo, 1982); Geografia d'ombra (poesia), Fonèma Venezia, 1989; Pedaços / Pezzi (poesia), Etruria, Cortona, 1992; Tempo de doer / Tempo di soffrire (poesia), Pellicani, Roma, 1998; La guarigione (poesia), La Fenice, Senigallia, 2000 (Prêmio Nacional de Poesia de Senigallia, Itália, 2000); Uccelli convulsi (poesia), Manni, Lecce, 2001 (Prêmio Nacional de Poesia Gino Perrone, Itália, 2000); Poesia, mito e história no Modernismo brasileiro (ensaio), Ed. da Unesp e Edifurb, São Paulo, 2002; No coração da boca / Nel cuore della parola (poesia), Adriatica, Bari, 2003; A chuva nos ruídos (antologia poética), Escrituras, 2004, São Paulo (Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras, 2005); Verrà l'anno (poesia), Fara, Santarcangelo di Romagna, 2005 (Prêmio de Poesia "Popoli in cammino", 2005, Itália); Storie nella storia: le parabole di Guimarães Rosa (ensaio), Pensa, Lecce, 2005. Recebeu, em 2006, do Ministério da Educação, o "Prêmio Literatura para Todos", na categoria de poesia, com o livro inédito Entre as junturas dos ossos, que será publicado pelo MEC.
OS DEUSES
o céu é povoado por Deuses
(a nossa imagem e semelhança)
os vencidos optam por um Deus menor
que mora nos porões do céu
os ricos
por um Deus que viaja de primeira classe
e ignora os aleijões
os Deuses estão sempre em guerra mas quem
vence é o Deus dos vencedores
VERA LÚCIA DE OLIVEIRA
4 comentários:
é como diz o poeta alberto da cunha melo: os deuses e as idéias sempre nos dividiram"
o poema da lúcia é irônico e forte
emílio guerra
Mas não se contenta com a vitória e inventa outros motivos.
O Deus dos vencedores é insaciável.
O Deus dos vencidos já perdeu na primeira batalha, o Deus dos vencedores nem lá foi ajudar,já sabia que iriam vencr...o deu dos que não lutam nao existe...Bom poema, fino, irônico e certeiro no tiro.
BomBlog, assim mesmo junto!
A poesia de Vera Lúcia de Oliveria é espetacular. É bom ver o sucesso da literatura brasileira em outros países. Conheço dois livros da autora e acho o jeito de escrever (sem pontuação, sem maiúscula [excessão para Deus] e sem pontos uma idéia brilhante que, na maioria dos poemas, abre ainda mais o leque de significados próprio da poesia.
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