Ilustração: Juraci Dórea
CENTAURO ESCARLATE
O teu centauro te espera,
monta em seu dorso
e vê o mundo pelos olhos da esfinge:
és o enigma, não o decifrador.
A gente se enche de calo,
a gente pensa que sabe,
a gente se desespera até,
mas não abre mão de estar aqui.
O teu centauro te espera
e o mundo é tudo o que a gente percebe:
é só sair por aí descobrindo
o que nunca vai ser teu.
E quando for noite alta
e os acordes de uma aquarela
luzirem dentro de teu espírito,
deixa o centauro que habita em ti
galopar, galopar, galopar
e transcender a ti e as tuas explicações.
Há de existir um lugar
onde os teus mistérios possam descansar.
JOSÉ INÁCIO VIEIRA DE MELO
CENTAURO ESCARLATE
O teu centauro te espera,
monta em seu dorso
e vê o mundo pelos olhos da esfinge:
és o enigma, não o decifrador.
A gente se enche de calo,
a gente pensa que sabe,
a gente se desespera até,
mas não abre mão de estar aqui.
O teu centauro te espera
e o mundo é tudo o que a gente percebe:
é só sair por aí descobrindo
o que nunca vai ser teu.
E quando for noite alta
e os acordes de uma aquarela
luzirem dentro de teu espírito,
deixa o centauro que habita em ti
galopar, galopar, galopar
e transcender a ti e as tuas explicações.
Há de existir um lugar
onde os teus mistérios possam descansar.
JOSÉ INÁCIO VIEIRA DE MELO
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