Foto: Ricardo Prado
ÍNDIA
Para Linda Soglia
Rapunzel mestiça
de contornos míticos,
teus cabelos,
nos ombros, caídos,
são trepadeiras
para alcançar o luar.
Para a tua
imagem de santa brasileira,
de deusa
americana, acendo minha vela
em teu altar e
em minha cama.
Seiva europeia,
sangue tupi,
da maciez de teu
ventre
brotaram dois
curumins.
Linda, meu
grande amor,
lenda silenciosa
do Jiquiriçá,
tu és a flor do
meu Maracás.
JOSÉ INÁCIO VIEIRA DE MELO
5 comentários:
muito bela sua musa, esse ar indígena é fatal! dê meus parabéns a ela, José Inácio, quem sabe um dia reunimos as famílias à beira de uma fogueira...
Bonito!, poeta, é assim que se faz. AbraSAL
O nome de Linda Soglia, Linda, é o de poucas pessoas que foram batizadas com a definição de si mesmas. Conheço-a pessoalmente, e ela é realmente Linda.
Muito bom! É Linda de verdade.
Lindo Poema! Linda Esposa! Lindo Amor!
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