JAZZ nº 19
eu provoco, invoco e me coloco
no meio do redemoinho
reteatralizo o desejo
invento mil máscaras
mesmo que esfaceladas
para forçar um diálogo
com teu corpo
ou com teus líquidos.
Invento um efeito qualquer
metamorfoses em cena. sujeito
e espectador. luzes no centro
que contorno. abalos na linguagem
dramas da imagem. sistemas lógicos
da ficção que invento:
uma história das fissuras
um caderno de tuas ausências
ou de meu feitiços. ou das doenças
do desejo. terreno que não se esvazia.
ritual da noite. chamamentos do dia.
JAZZ n°20
Eu já fui mais que esta sombra,
Tão noite como quem esquece
Luzes debaixo d´água. Sorriso de mil vias
Ondulações de umidade sobre a terra:
Contrários da mesma ordem
ou da linguagem das gentes;
Estudiosos da pintura
que nem sabem das velocidades,
fabricando paredes ou fundos
no côncavo das coisas:
- nos desconhecemos
NA FEBRE.
outras texturas. no delírio
a casa em chamas. quando te imagino
2 comentários:
Adorei os poemas de Alexandre Coutinho, parabéns são muito bons.
"TRÊS POEMAS DE ALEXANDRE COUTINHO"
Boa poesia, gostei,
Efigenia Coutinho
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