quarta-feira, 15 de setembro de 2010

TRÊS POEMAS DE ÉRICA AZEVEDO
















CHUVA


Ouço a chuva que passa
intensamente
e molha tudo em sua volta
seus sinais de presença
desperta-me numa noite fria
que eu queria apenas dormir.

Insisto em fechar os olhos,
ela insiste em cair
e pelos meus ouvidos atravessa o telhado
e molha os sonhos
que adormecem em mim.



RETRATO


Minha alma carrega um peso
que não permite
ajuste.

Todo Lugar é
lugar nenhum.

Meu corpo é uma vasilha sem forma
que me torna livre
como um pássaro
que não sabe voar.



DESTINOS


Num espaço
fechado
andando entre vozes
e dedos
persigo uma multidão
ao encontro de mim.

Até que a multidão
chegue ao fim.

3 comentários:

Lidi disse...

Eu sinto um orgulho enorme em ver os poemas de Érica publicados aqui em teu blogue, Inácio. Já conhecia estes poemas, pois Érica sempre me mostra o que escreve e eu mostro os meus rabiscos a ela. Posso dizer, sem dúvida, que essa menina tem um talento imenso e vai longe, muito longe...

Vanessa disse...

Parabens Erica seus poemas são lindos!
Eu adorei todos,bjus.

Castelo Branco disse...

Érica, como não podia ser diferente, adorei seus poemas... vc escreve com a alma minha flor... bj