ASTRO FLAMEJANTE – ÉRICA AZEVEDO nasceu em 1983, na cidade de Santo Estevão,onde ainda reside. É professora de Língua portuguesa e literatura brasileira, graduada em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), mesma Instituição em que se especializou em Estudos Literários. Para Érica poder transformar um momento ou um novo olhar num poema é algo tão necessário quanto o próprio respirar. Vamos, então, conversar um pouco com essa jovem poeta que, como Florbela Espanca, acredita que ser poeta é “ter cá dentro um astro que flameja”.
JOSÉ INÁCIO VIEIRA DE MELO – A poesia atende a quais demandas suas? Ou é você que atende a um chamamento premente, “mais urgente do que a vida”, como diria o poeta Alberto da Cunha Melo? Ser poeta é uma missão ou um projeto?
ÉRICA AZEVEDO – Eu não escolhi ser poeta, quando percebi já estava escrevendo, ou melhor, já sentia a necessidade de escrever. Este é o meu modo de aquietar as angústias que alimentam meu ser, minha forma de tornar suportáveis as dores humanas. Poder transformar um momento ou um novo olhar num poema é, para mim, algo tão necessário quanto o próprio respirar. Florbela Espanca afirmou que ser poeta é “ter cá dentro um astro que flameja”. E esse astro às vezes me queima, outras me extasia... E assim continuo escrevendo e vivendo. Posso dizer, apenas, que não criei o projeto de me tornar poeta, mas a busca pelo aperfeiçoamento enquanto poeta tornou-se um projeto.
JIVM – Um poeta ao publicar um livro e colocá-lo à venda, nas livrarias, pretende o que, já que tem consciência de que não vai vender quase nada? E você, sente-se animada com essa realidade? Por que abraçar esse ofício?
EA – Sabe quando lemos um poema e sentimos que ele expressa algo que não conseguiríamos organizar em pensamentos e ficamos emocionados durante a leitura? Enquanto poeta me sinto realizada duplamente quando percebo que um poema escrito por mim tocou alguém. É isso que me move. Por isso, mesmo sabendo que um livro não alcançaria uma grande quantidade de venda o desejo de publicar permanece.
JIVM – Em que momento de sua vida você foi tocada pela poesia? Qual o primeiro livro de poemas que você leu? O que está lendo agora? Quais os poetas que lhe conduzem às esferas do delírio?
EA – Não conseguiria precisar quando comecei a me encantar pela leitura e produção poética, mas devo ter rabiscado meus primeiros versos aos 13 anos, ou um pouco antes. O primeiro livro de poesias que li foi uma seleção de melhores poemas de Bandeira. São muitos os poetas que me conduzem ao êxtase literário: Bandeira, Quintana, Pessoa, Florbela Espanca, Drummond, Paulo Leminski, Ruy Espinheira Filho, entre tantos outros. Permaneço lendo esses poetas que me encantam profundamente e buscado conhecer as produções do momento seja através dos livros ou dos blogs.
JIVM – O que pode ser feito para que o povo brasileiro, sobretudo os jovens, leia mais? E em que medida a leitura pode contribuir para a evolução do ser e, consequentemente, da sociedade?
EA – A leitura é essencial para ampliar nossos conhecimentos, para nos aprimorar enquanto ser humano, uma vez que através dela entramos em contato com experiências que nos mostram distintas “realidades” e com isso podemos nos aprimorar enquanto pessoas. Penso que quando os jovens perceberem o prazer que a leitura pode proporcionar a resistência que se tem a ela se tornará ínfima. Creio que somente por meio da descoberta do prazer da leitura pode se conseguir que as pessoas leiam mais.
JIVM – O que você anda fazendo? Já tem algum projeto de publicação de livro? E o que mais?
EA – Estou trabalhando como professora de língua portuguesa e de literatura. Estou selecionando alguns poemas para publicar muito em breve. Também tenho escrito alguns contos e enveredar pela poesia e prosa simultaneamente é um desafio que estou disposta a abraçar.
JOSÉ INÁCIO VIEIRA DE MELO – A poesia atende a quais demandas suas? Ou é você que atende a um chamamento premente, “mais urgente do que a vida”, como diria o poeta Alberto da Cunha Melo? Ser poeta é uma missão ou um projeto?
ÉRICA AZEVEDO – Eu não escolhi ser poeta, quando percebi já estava escrevendo, ou melhor, já sentia a necessidade de escrever. Este é o meu modo de aquietar as angústias que alimentam meu ser, minha forma de tornar suportáveis as dores humanas. Poder transformar um momento ou um novo olhar num poema é, para mim, algo tão necessário quanto o próprio respirar. Florbela Espanca afirmou que ser poeta é “ter cá dentro um astro que flameja”. E esse astro às vezes me queima, outras me extasia... E assim continuo escrevendo e vivendo. Posso dizer, apenas, que não criei o projeto de me tornar poeta, mas a busca pelo aperfeiçoamento enquanto poeta tornou-se um projeto.
JIVM – Um poeta ao publicar um livro e colocá-lo à venda, nas livrarias, pretende o que, já que tem consciência de que não vai vender quase nada? E você, sente-se animada com essa realidade? Por que abraçar esse ofício?
EA – Sabe quando lemos um poema e sentimos que ele expressa algo que não conseguiríamos organizar em pensamentos e ficamos emocionados durante a leitura? Enquanto poeta me sinto realizada duplamente quando percebo que um poema escrito por mim tocou alguém. É isso que me move. Por isso, mesmo sabendo que um livro não alcançaria uma grande quantidade de venda o desejo de publicar permanece.
JIVM – Em que momento de sua vida você foi tocada pela poesia? Qual o primeiro livro de poemas que você leu? O que está lendo agora? Quais os poetas que lhe conduzem às esferas do delírio?
EA – Não conseguiria precisar quando comecei a me encantar pela leitura e produção poética, mas devo ter rabiscado meus primeiros versos aos 13 anos, ou um pouco antes. O primeiro livro de poesias que li foi uma seleção de melhores poemas de Bandeira. São muitos os poetas que me conduzem ao êxtase literário: Bandeira, Quintana, Pessoa, Florbela Espanca, Drummond, Paulo Leminski, Ruy Espinheira Filho, entre tantos outros. Permaneço lendo esses poetas que me encantam profundamente e buscado conhecer as produções do momento seja através dos livros ou dos blogs.
JIVM – O que pode ser feito para que o povo brasileiro, sobretudo os jovens, leia mais? E em que medida a leitura pode contribuir para a evolução do ser e, consequentemente, da sociedade?
EA – A leitura é essencial para ampliar nossos conhecimentos, para nos aprimorar enquanto ser humano, uma vez que através dela entramos em contato com experiências que nos mostram distintas “realidades” e com isso podemos nos aprimorar enquanto pessoas. Penso que quando os jovens perceberem o prazer que a leitura pode proporcionar a resistência que se tem a ela se tornará ínfima. Creio que somente por meio da descoberta do prazer da leitura pode se conseguir que as pessoas leiam mais.
JIVM – O que você anda fazendo? Já tem algum projeto de publicação de livro? E o que mais?
EA – Estou trabalhando como professora de língua portuguesa e de literatura. Estou selecionando alguns poemas para publicar muito em breve. Também tenho escrito alguns contos e enveredar pela poesia e prosa simultaneamente é um desafio que estou disposta a abraçar.
4 comentários:
Érica, feliz demais em te ver participando do Sangue Novo. Excelente entrevista. Parabéns. E obrigada, Inácio, por sempre dar oportunidade aos jovens escritores de mostrarem o seu trabalho. Um abraço.
Suas poesias são simples, profundas e muito bem arquitetadas esteticamente. Você tem uma grande capacidade de sintetizar sentimentos de forma sofisticada mas q ñ há necessidade de recorrer ao Aurélio para entender. Você vai loge menina!
Acho importante a consciência de que não se escolhe ser poeta (poesia, pasmem, não é pra todo mundo), mas que podemos escolher o aprimoramento. Assim é que se formam grandes escritores: aliando a predisposição "genética" ao labor.
Bonitos poemas.
Bem vinda ao Sangue Novo.
Uma poetisa que adimiro, por sua força e simplicidade.Poesia em contato com o que há de melhor.E A amiga/poeta é uma pessoa supreendente!
Postar um comentário