PASSAGEM
Dentro deste rio que passa,
sou a pessoa que passa.
(E dezembro chega. E passa.)
Quantos dezembros
passará essa pessoa
que se mira no rio
e sonha que passa?
(Há apenas um centauro
bebendo a água que passa.
Ou será uma pedra só,
jogada na água, a espalhar
mitos e sonhos que passam?)
JOSÉ INÁCIO VIEIRA DE MELO
Poema do livro Garatujas Selvagens
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